Os golpistas que utilizam o Auxílio Brasil para cometer crimes estão na mira do governo. Na última terça-feira, 20, a Polícia Federal cumpriu dez mandados de busca e apreensão e outros dois de prisão preventiva em uma operação que apura fraudes no programa.
A Operação Jeremias envolveu mais de 50 profissionais e ocorreu em Diadema (SP), Passo Fundo (RS), Brasília (DF) e Fortaleza (CE). Com o apoio da Brigada Militar no Rio Grande do Sul, duas prisões foram efetuadas.
Além disso, as pessoas ligadas ao esquema tiveram suas contas bloqueadas para que os recursos sejam devolvidos aos cofres públicos.
O nome da operação vem de uma passagem bíblica de Jeremias 17:5, citada por um dos integrantes da organização criminosa em sua rede social: “Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor”.
Investigação e operação
A PF informou que a investigação teve início em junho, resultando na prisão em flagrante de cinco pessoas em um hotel em Santa Maria (RS). Os suspeitos estavam com cartões pré-pagos, dinheiro em espécie, computadores, celulares e documentos falsos.
Os documentos eram usados para abrir contas bancárias na Caixa Econômica Federal em nome de terceiros e realizar saques do Auxílio Brasil de forma indevida.
“Com o avanço da investigação, foi possível identificar a estrutura e abrangência da organização criminosa, seus operadores e beneficiários. Um dos líderes do grupo estava em liberdade condicional, mas seguia praticando uma série de delitos, sendo preso preventivamente em outubro deste ano na cidade de Novo Hamburgo”, detalhou a Polícia Federal.
Os acusados vão responder pelos crimes de estelionato contra a União, receptação e formação de organização criminosa.
